Em seu manifesto “A estética da fome’’, Glauber Rocha deixa uma coisa muito clara: nada se pensa e se diz nesse país sem que antes a Fome venha primeiro. O filme escancara nossa felicidade. Mesmo quando nossas mãos estão preocupadas em torturar, esganar e trucidar. Não a felicidade dos gringos, é claro. A felicidade das manhãs de feira. Felicidade dos corpos em movimento. Do samba, da capoeira, do carro de pamonha que diz sim a vida mesmo com 13 milhões de desempregados. Mais uma vez que cultura popular brasileira é capaz de esplendores estéticos com baixíssimos orçamentos. Seria essa a nossa tragédia?
“Gambiarra” vem para jogar luz, ou melhor, ensolarar nossas contradições sociais, amorosas e sentimentais que, agora, após 20 ou 25 anos empurradas para debaixo do tapete pela vassoura da “globalização” voltam a ficar evidentes. O mundo vem encolhendo para as novas gerações brasileiras. Trump, o Brexit e nosso esfacelamento econômico estão abrindo uma nova porta histórica. Ou se volta a pensar o Brasil, ou não se faz mais nada. De Sergio Buarque de Holanda, passando por Maria da Conceição Tavares, Mae Menininha de Oxossi, Gambiarra LTDA, estão todos “aprendendo a ler, para ensinar aos camaradas’’.

Um filme de BRAZIL 1,99 e SECONDS
Produção e Direção
@luizaherdy e @saviodrew
Narração
Leandro Coelho
Direção de Fotografia
@elvis_____sven e @luizaherdy
Montagem
@elvis_____sven
Roteiro
@phermano
Identidade Visual
@thomascosin
Trilha sonora original por
@cicerofraga com participações de Pizeiro boys & Rozeno e Banda
Créditos
Nic Ferguson-Lee
Design
@iaelalima e @ivannoj
Animações
@brunnobalco
Texto
@ianviana9
Tradução
Júlia Thomson, Luiza Herdy e Quim Tortajada Pons
E com participações de:
Alisson & Kananda
João do Tomate
Rodrigo dos Santos “Rodrigão”
Thiago
Márcia Fernanda
Daniela
Mariana & Vi